Você sabe como funciona a vacinação em cães e gatos?
Ter um pet é uma das maiores fontes de alegria e companheirismo que podemos ter. Afinal, eles estão presentes nos momentos bons e ruins, trazendo amor, carinho e muita lealdade. Por isso, quando decidimos adotar ou comprar um animal, também assumimos a responsabilidade de garantir sua saúde e bem-estar ao longo da vida.
E entre os cuidados mais importantes, a vacinação se destaca como uma medida essencial de prevenção. Isso porque ela protege os cães e gatos contra doenças graves, algumas delas fatais, garantindo uma vida mais longa e saudável. Mais do que isso: a vacinação também protege outros animais e até mesmo seres humanos, no caso de zoonoses como a raiva.
Neste texto, você vai entender por que vacinar é tão importante, como as vacinas atuam no organismo, quais doenças elas previnem, quando começar o protocolo vacinal e como garantir que seu pet esteja sempre protegido. Se você é tutor de um cão ou gato no Guarujá, continue a leitura e tire todas as suas dúvidas sobre esse cuidado fundamental!
Por que a vacinação em cães e gatos é tão importante para cães e gatos?
As vacinas são preparações que estimulam o sistema imunológico a se defender contra agentes infecciosos específicos, como vírus e bactérias. Ao serem aplicadas, elas fazem com que o organismo produza anticorpos e “aprenda” a combater o agente causador da doença, mesmo antes de um possível contato real com ele. Isso significa que, se o pet for exposto ao vírus ou bactéria no futuro, seu corpo já saberá como reagir.
Entre as doenças que mais preocupam tutores e veterinários estão a cinomose, parvovirose, leptospirose e raiva nos cães; e a panleucopenia, calicivirose, rinotraqueíte e também a raiva nos gatos. Algumas dessas enfermidades têm alta taxa de mortalidade e são facilmente transmissíveis, especialmente em locais com grande circulação de animais, como praças e praias — cenário comum no Guarujá.
Além da proteção individual, vacinar seu pet contribui para a proteção coletiva. Quando a maioria dos animais está imunizada, o risco de surtos e epidemias é muito menor. Isso é chamado de imunidade de rebanho, e ajuda a proteger até mesmo os animais que não podem ser vacinados por motivos específicos, como filhotes muito novos ou pets com doenças imunossupressoras.
Outro ponto importante é a proteção da saúde pública. A raiva, por exemplo, é uma zoonose grave e fatal, que pode ser transmitida dos animais para os humanos por meio de mordidas. A vacinação antirrábica, obrigatória por lei, é uma medida de segurança não apenas para o animal, mas para toda a comunidade.
Por tudo isso, a vacinação deve ser vista como um ato de amor e responsabilidade. Ela não apenas evita doenças, mas também proporciona tranquilidade aos tutores e contribui para um ambiente mais seguro para todos.
Quando começar a vacinar um pet?
O protocolo vacinal dos cães e gatos deve começar nos primeiros meses de vida. O ideal é iniciar entre 6 e 8 semanas de idade, quando a proteção passada pela mãe começa a diminuir e o filhote fica mais vulnerável a infecções.
Nesse estágio inicial, o veterinário indica uma série de vacinas com reforços aplicados em intervalos de 3 a 4 semanas, até que o pet complete aproximadamente 16 semanas (4 meses). Esse esquema pode variar conforme o estado de saúde do animal, histórico de vacinação e fatores de risco, por isso é sempre importante seguir a recomendação do profissional.
Após a conclusão do protocolo inicial, é fundamental manter os reforços anuais, que garantem que a imunidade do pet continue ativa. Muitos tutores acreditam que a vacinação em cães e gatos é necessária apenas na fase de filhote, mas esse é um engano perigoso. Mesmo adultos e idosos precisam manter a imunização em dia.
Antes de vacinar, o animal deve passar por uma avaliação clínica. O veterinário verifica se ele está saudável, se apresenta sinais de vermes ou doenças e se pode receber a dose com segurança. A vermifugação prévia é essencial, pois infestações parasitárias podem comprometer a eficácia da vacina.
Em regiões como o Guarujá, onde o contato com outros animais é comum e o clima favorece a proliferação de agentes infecciosos, a atenção ao calendário vacinal deve ser ainda maior. Passeios na rua, visitas à praia ou a pet shops aumentam o risco de exposição, o que reforça a importância da prevenção contínua.
Outro ponto a destacar é que animais adotados já adultos e sem histórico vacinal também podem (e devem) ser imunizados. O veterinário irá avaliar o caso e indicar o protocolo mais adequado para garantir a segurança e a proteção do pet.
Vacinas essenciais para cães
Vacinar seu cachorro é uma das principais formas de garantir que ele tenha uma vida longa, saudável e protegida contra doenças graves. No Brasil, as vacinas essenciais para cães incluem a V8 ou V10, a antirrábica e, em alguns casos, imunizações adicionais como a da giárdia e da tosse dos canis.
Vacinas V8 e V10: proteção contra doenças perigosas
A vacina múltipla canina, conhecida como V8 ou V10, é considerada obrigatória no protocolo de saúde preventiva dos cães. Ela protege contra diversas doenças altamente contagiosas:
- Cinomose: doença viral grave que atinge o sistema nervoso, respiratório e digestivo.
- Parvovirose: causa vômitos e diarreia intensa com sangue, podendo levar à morte.
- Hepatite infecciosa canina: afeta o fígado e pode comprometer órgãos como rins e olhos.
- Leptospirose: transmitida pela urina de ratos, é uma zoonose (transmitida ao ser humano).
- Parainfluenza e adenovírus tipo 2: envolvidas na tosse dos canis.
- Coronavírus canino: incluso na V10, mas menos comum no Brasil.
Vacina antirrábica: obrigatória e essencial
A vacina contra a raiva é obrigatória por lei em todo o território nacional e deve ser aplicada anualmente a partir dos 4 meses de idade. A raiva é uma zoonose fatal e não tem cura, tanto para animais quanto para humanos. Por isso, vacinar contra essa doença é um ato de proteção à saúde pública.
Outras vacinas importantes para cães
- Giárdia: recomendada principalmente em filhotes ou cães que frequentam locais com muitos animais. Protege contra a giardíase, que provoca diarreia persistente.
- Tosse dos canis: também chamada de “gripe canina”, essa vacina é indicada para pets que frequentam creches, hotéis, pet shops e áreas de grande convivência.
Esquema vacinal e reforços
- Filhotes devem iniciar a vacinação entre 6 e 8 semanas de vida, com reforços a cada 3 a 4 semanas, até os 4 meses.
- Após completar o esquema inicial, o cão deve receber reforços anuais para manter a imunidade.
- Cães adultos que nunca foram vacinados devem começar o protocolo com duas doses da vacina múltipla, com intervalo de 21 a 30 dias, além da antirrábica.
Manter a carteirinha de vacinação de cães e gatos atualizada é essencial para a saúde do seu pet e da sua família.
Vacinas essenciais para gatos
Assim como os cães, os gatos também precisam de vacinas específicas para manter sua saúde em dia e evitar doenças infecciosas sérias. Mesmo gatos que vivem exclusivamente dentro de casa devem ser imunizados, pois o risco de exposição ainda existe — seja por visitas ao veterinário, contato com objetos contaminados ou por humanos que trazem vírus no ambiente.
Vacinas felinas: V3, V4 e V5
A vacina múltipla felina pode ser encontrada em três versões: V3, V4 e V5. Todas são fundamentais para a prevenção de doenças comuns em gatos:
- Panleucopenia felina: altamente contagiosa e frequentemente fatal. Afeta o sistema gastrointestinal e imunológico.
- Calicivirose: causa feridas orais, febre e espirros.
- Rinotraqueíte (herpesvírus): provoca sintomas respiratórios intensos, como coriza e secreção ocular.
- Clamidiose: presente na V4, provoca conjuntivite severa.
- Leucemia felina (FeLV): presente na V5, é um vírus que compromete o sistema imunológico e pode levar a infecções recorrentes e tumores.
Vacina antirrábica felina
Também obrigatória, a vacina antirrábica para gatos é aplicada a partir dos 4 meses de idade. Embora menos comum do que em cães, a raiva em gatos é igualmente perigosa e deve ser prevenida com reforços anuais.
Diferença entre filhotes e gatos adultos resgatados
- Filhotes devem iniciar o protocolo entre 6 e 8 semanas, com reforços a cada 3 a 4 semanas até 16 semanas.
- Gatos adultos não vacinados, especialmente os resgatados ou adotados, devem começar do zero: o veterinário avaliará a saúde do animal e iniciará a série vacinal adequada.
Vacinação para FIV e FeLV: é sempre necessária?
A vacina contra FeLV (leucemia felina) é recomendada para gatos que têm acesso à rua, convivem com outros felinos ou vivem em abrigos e gatis. A vacina contra FIV (vírus da imunodeficiência felina) ainda não é amplamente disponível no Brasil e sua eficácia é discutida, sendo recomendada caso a caso.
Antes de vacinar, é ideal fazer o teste de FIV/FeLV para confirmar se o gato não está infectado. Se o resultado for negativo, a vacinação pode ser indicada conforme o estilo de vida do pet.
Vacinação de cães e gatos é proteger quem você ama
Manter a vacinação em dia é um dos maiores atos de cuidado que você pode ter com seu cão ou gato. É uma forma eficaz de evitar sofrimento, gastos com tratamentos longos e até perdas irreparáveis. Além disso, você contribui com a saúde de outros animais da comunidade e colabora com o controle de zoonoses.
No Hospital Veterinário Ponto Pet, no Guarujá, oferecemos atendimento completo para cães e gatos, com avaliação clínica, aplicação segura de vacinas e orientação individualizada sobre o calendário vacinal. Nossa equipe está preparada para esclarecer dúvidas, acompanhar a saúde do seu pet e garantir que ele esteja sempre protegido.
Se você tem um filhote em casa, acabou de adotar um pet ou não sabe se a carteirinha de vacinação está atualizada, entre em contato conosco. Agende uma consulta e venha cuidar da saúde do seu melhor amigo com quem entende de amor e responsabilidade.